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Muito já se ouviu falar sobre cálculo renal, mais conhecido como pedra nos rins, mas pouca gente conhece o cisto renal, alteração que pode ser encontrada em até 15% dos pacientes acima de 70 anos.
Depois dos 40 anos, metade ou dois terços das pessoas podem ter um cisto no rim, tanto homem quanto mulher.
Os cistos renais são áreas de dilatações, com conteúdo líquido, com aparência de bolhas, que aparecem no rim. Os cistos renais podem ocorrer em qualquer idade, desde o nascimento, mas aparecem com mais frequência à medida que a pessoa vai ficando mais velha. São mais comuns após os 50 anos de idade.
Os rins ocupam uma importante função no organismo, pois filtram o sangue, controlam os níveis de sal e ajudam a regular a pressão arterial.
Na maioria das vezes, os cistos renais não têm repercussão na saúde como um todo e raramente provocam dores, sangramento na urina ou pressão alta. Essas condições dependem da localização do cisto – em casos de incidência de cistos no meio do rim, pode haver compressão das estruturas ao redor, principalmente se houver proximidade das artérias.
Existe uma porcentagem pequena de tumores malignos renais císticos, ou seja, é semelhante a um cisto porque contém uma parte líquida.
Causas
Podemos classificar os cistos renais em simples (solitários) ou múltiplos (complexos). Os simples são apenas uma bolha com conteúdo líquido. Já os complexos têm alterações, como septos ou partes sólidas.
Não existe uma causa definida para o aparecimento dos cistos renais simples (solitários).
Quanto aos cistos múltiplos, que aparecem mais raramente e que podem causar prejuízo no funcionamento do rim, esses são ligados a alteração genética, podendo até ser herdado dos pais.
Sintomas:
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dor nas costas e abdômen
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febre
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infecção urinária
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aparecimento de sangue na urina
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dependendo dos casos, pressão alta.
Embora na maioria dos casos os cistos sejam inofensivos, é necessário identificar e controlar, para evitar problemas futuros. O cisto renal simples não vira câncer, embora algumas vezes seja confundido com um tumor. Em raros casos, os cistos podem conter tumores em seu interior.
Os cistos renais são diagnosticados por exames de imagem, como a ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Quando identificado, o médico recorre a uma ressonância para definir a classificação daquele cisto.
Classificação dos cistos renais:
A classificação proposta por Morton A. Bosniak pretende categorizar as massas císticas renais como não-cirúrgicas (ou seja, benignas) ou cirúrgicas (ou seja, com probabilidade de serem malignas).
Os cistos renais classificados como:
Bosniak 1 ou 2 | 2F não apresentam perigo à vida do paciente. No entanto, recomenda-se que seja efetuado um monitoramento dos cistos a fim de constatar quaisquer modificações que eles venham a sofrer no futuro.
Já os cistos nos rins catalogados como Bosniak 3 precisam ser avaliados com mais detalhes através uma biópsia, ou por meio de uma intervenção cirúrgica.
Por último, um cisto renal identificado como Bosniak 4 tem 80% de probabilidade de ser um câncer. Por isso, nestes casos o paciente já deve ser encaminhado para a cirurgia.
Tratamento:
O importante é avaliar o tipo e acompanhar a evolução destes cistos. Por isso, consultas regulares com o médico especialista são muito importantes.